Sendo um dos cartões postais de Salvador, o Pelourinho
proporciona um mergulho na história da cidade e sua história se
confunde com o próprio processo de fundação e ocupação do que hoje é
Salvador. Com o intuito de delinear Salvador como uma cidade-fortaleza,
a área que corresponde ao Pelourinho foi cuidadosamente escolhida
devido à sua posição geográfica próxima ao porto e, segundo o Guia do Pelourinho,
“perto do comércio e naturalmente fortificada pela grande depressão
existente que forma uma muralha, de quase noventa metros de altura, por
quinze quilômetros de extensão, o que facilitaria a defesa de qualquer
ameaça vinda do mar”.
Ainda segundo o Guia do Pelourinho, “o
termo “pelourinho” é o nome dado ao local onde os escravos eram
castigados pelos senhores de engenho. O “pelourinho” era construído nos
engenhos, afastado da cidade. A fim de demostrar à população sua força e
poder, os senhores de engenho resolveram construir um “pelourinho” no
centro da cidade, instalando-o no largo central, hoje área localizada em
frente a
casa de Jorge Amado. A partir daí os escravos eram castigados em praça pública para que todos pudessem assistir tal demonstração de poder. Devido a esse fato o “pelourinho” virou ponto de referência da cidade, dando nome ao antigo centro da cidade, e hoje Centro Histórico de Salvador”.
casa de Jorge Amado. A partir daí os escravos eram castigados em praça pública para que todos pudessem assistir tal demonstração de poder. Devido a esse fato o “pelourinho” virou ponto de referência da cidade, dando nome ao antigo centro da cidade, e hoje Centro Histórico de Salvador”.
De centro da aristocracia soterapolitana
à reduto de excluídos, o Pelourinho atravessou os anos, passou por
processos de restauração e hoje é considerado patrimônio da humanidade. A
transição está silenciosamente marcada nos casarões, que são a marca
forte do lugar. Os casarões, que antes abrigavam a aristocracia e depois
os marginalizados da sociedade soterapolitana, hoje abrigam museus,
lojas, restaurantes, reforçando o caráter turístico do Pelourinho.
Todos os anos turistas de todo mundo
caminham pelas ruas de pedra do Pelourinho e tentam resgatar um pouco da
história da cidade, encrustada nas pedras e por debaixo das tintas
coloridas dos casarões. Os únicos pontos complicados de andar por esta
porção da cidade são: o assédio exagerado aos turistas e passantes e
alguns furtos, que ocasionalmente ocorrem. Os vendedores ambulantes
tentam a todo custo empurrar todo tipo de mercadoria e como não há
controle em relação a isso, nem aos cadastrados pela prefeitura, o
passeio em algum ponto acaba por se tornar maçante, porque em vez de
boas fotos e uma caminhada agradável, há risco de você voltar pra casa
enfeitado de fitinhas do Senhor do Bonfim, que vão sendo atadas sem que
sejam solicitadas pelos vendedores ambulantes.
No mais, tendo atenção aos pertences, o
passeio vale a pena, rende boas fotos e lembranças interessantes. Quem
tiver ainda interesse, pode saborear o acarajé vendido pelas baianas do
Terreiro de Jesus. Fica então a dica deste postal de Salvador, que vale a
pena ser visitado não porque consta nos roteiros turísticos
tradicionais, mas pela sua importância histórica e beleza.
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